Seja verde, amarelo ou vermelho nosso cacau será sempre brasileiro.
As eleições 2022 finalizaram, mas a luta para se estabelecer conexões propositivas para a cacauicultura se intensifica a partir de hoje (31), dentro da ANPC- Associação Nacional dos Produtores de Cacau.
Com foco em como o governo eleito vai construir sua política para o cacau, a presidente da associação, Vanuza Barroso, avalia o resultado eleitoral como o “momento de agir”, visualizando que a cacauicultura precisa construir caminhos para que o governo escute e entenda a necessidade do produtor de cacau perante as pautas de seus ministérios, tanto o da agricultura, quanto os do meio ambiente e economia. “ Uma vez que o cacau é tido como a grande mola sustentável do agro e a união dos cacauicultores do Brasil representa um destaque econômico que engloba mais de 34 bilhões de dólares e quase 1 milhão de empregos diretos e indiretos, o atual governo precisa reparar os erros do passado e apoiar a cadeia produtora do cacau”, disse Vanuza relembrando o dano sofrido pelos produtores de cacau na década de 90 e o desmonte da Ceplac que nem nos governos do PT nem no governo Bolsonaro, foram vistos como prioridade.
“ O cacau esteve em escanteio das prioridades de governos por muitos anos, sofremos o descaso de gestores que ignoraram a potência desta cultura para o Brasil e para o mundo. Temos agora a possibilidade da construção de um novo cenário com novos gestores, nossos secretários, novos diretores que devem ser escolhidos pelo Presidente da República, com o critério do conhecimento sobre o cacau”, disse Vanuza em critica direta aos gestores que assumiram pastas direcionadas ao cacau, no governo Bolsonaro, e que deixaram a desejar no que compete a compreensão de políticas públicas eficazes para alavancar a cadeia produtora do cacau no Brasil. “ Desta vez o Brasil tem a ANPC, e vamos junto com os deputados e senadores eleitos, acompanhar e sugerir nomes fortes, inteligentes e competentes para conduzir as pautas do cacau. O Brasil, a cacauicultura e os produtores precisam de nomes que reconheçam a força da nossa produção”, disse Vanuza sinalizando que tanto a fiscalização quanto a orientação da ANPC também estarão presentes dentro dos estados, em especial aos que produzem cacau, como é o caso da Bahia, que teve seu governador eleito também neste segundo turno.
“A Bahia terá papel crucial nesta jornada. Esperamos que o governador eleito, Jerônimo Rodrigues, tenha a sabedoria para priorizar pautas que desburocratizem o manejo da nossa cabruca, que atue em parceria propositiva com o governo federal para uma fiscalização forte em nossos portos, que intensifique políticas de incentivo ao pequeno mas também ao médio e grande produtor, que saiba reconhecer a importância do cacau baiano para a economia e a sustentabilidade do Brasil e do Mundo. A ANPC estará a postos para ajudar os estados produtores de cacau a governar com e para o produtor brasileiro”, concluiu a presidente da ANPC.
ascom ANPC- Caliana Mesquita
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